A Polícia Civil do Paraná (PCPR) aumentou a produtividade no primeiro semestre de 2021. Somente em relação ao tráfico de drogas, a instituição apreendeu 72% mais entorpecentes nos primeiros seis meses deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior. De janeiro a junho de 2021 os policiais civis apreenderam 24 toneladas de entorpecentes contra 14 no primeiro semestre de 2020. As apreensões afetam diretamente o crime organizado, que também vem sendo combatido com outras operações

O secretário da Segurança Pública do Paraná, Romulo Marinho Soares, destacou o trabalho de investigação da Polícia Civil, que tem se aperfeiçoado e vem se destacando ao longo dos anos. “É uma instituição que tem crescido bastante e vem ao encontro da nossa gestão, pautada no planejamento estratégico, e com isso, tem se destacado em suas mais diversas ações; a Polícia Civil tem aumentando consideravelmente o índice de solução de crimes e contribui significativamente para a melhoria da segurança em nosso estado”, afirmou.

De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach, a instituição tem intensificado e dedicado-se em suas atividades para atender as demandas e alcançar bons índices no estado. “A Polícia Civil tem investido em tecnologia, o que torna as investigações mais qualificadas, o trabalho mais técnico e, consequentemente, tem resultado na melhora dos índices criminais”, destacou. 

O delegado-geral explica ainda que para que os trabalhos avançassem foi colocado em prática o Plano de Atuação Sistemática Integrada (PASI). “É um trabalho conjunto entre diversas unidades da Polícia Civil, atacando pontos específicos, reforçado pela atividade de inteligência para orientar nosso trabalho operacional e, com isso, combater diversos crimes no Estado”, afirmou o delegado Rockembach.

A Polícia Civil do Paraná aumentou o número de operações de repressão qualificada. Nos primeiros seis meses do ano foram executadas 11% mais ações do que no ano anterior, sendo 181 em 2021 e 162 em 2020. As operações são oriundas de investigações de alta complexidade com aplicação de técnicas especializadas, e têm como objetivo a desestruturação e desarticulação de organizações criminosas que atuam no Estado.

Dentre os principais tipos de crimes investigados estão tráfico de drogas, homicídio, corrupção, roubos e estelionato. As capturas dos envolvidos minam a atuação de organizações criminosas, refletindo diretamente na diminuição da criminalidade. 

PASI - O Plano de Atuação Sistemática e Integrada (Pasi), desenvolvido pela PCPR, realiza constantemente operações de repressão qualificada. No primeiro semestre deste ano, foram presas 74 pessoas em ações do Pasi, em situação de flagrante ou foragidas da justiça.  

Todas as operações têm como foco principal a diminuição do índice de homicídios e a desestruturação e desarticulação de organizações criminosas. Além disso, o Pasi visa a aproximação da PCPR com a população das regiões mais afetadas pela criminalidade. 

Um exemplo de operação de repressão qualificada aconteceu no dia 18 de maio e resultou na prisão de 11 pessoas envolvidas em abusos e exploração sexual infantil. Cinco homens, entre 24 e 57 anos, foram capturados por estupro de vulnerável na Capital. Além disso, uma mulher, de 40, foi presa por produzir material pornográfico em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
 
Em outra operação, a Polícia Civil do Paraná prendeu três pessoas suspeitas de integrar associação criminosa que aplicou golpe de US$ 1 milhão contra empresários peruanos. O grupo usou uma empresa falsa para “vender” maquinários agrícolas que nunca foram entregues. A ação aconteceu no dia 26 de fevereiro de 2020, na capital paranaense e em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.

2ª VIA FÁCIL - Durante o período, a Polícia Civil também emitiu 74.501 mil carteiras de identidade através da 2ª via fácil, integralmente pela internet. O número é equivalente a 44% do número total de emissões, que foi de 167.056 mil documentos, e mostra a receptividade dos paranaenses em relação ao projeto pioneiro no Brasil. O projeto, lançado em outubro de 2020, é pioneiro no país e está servindo de modelo para estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.  

CONCURSO - Para aumento do efetivo, no primeiro semestre foram tramitados os processos para continuidade do concurso da Polícia Civil do Paraná, o qual possibilitará o preenchimento de 400 vagas, sendo 50 para delegados, 300 para investigadores e outras 50 para papiloscopistas. A aplicação das provas objetivas, para todos os candidatos, está prevista para o dia 03 de outubro de 2021; já no dia 12 de dezembro de 2021, devem ocorrer as provas de conhecimento específico para as vagas de delegado de polícia.

TRANSFERÊNCIA - Nos primeiros seis meses, a Polícia Civil deixou de ter gestão sobre cerca de mil presos que estavam em carceragens de delegacias. Já nos primeiros dias do ano, foi transferida a custódia de 857 presos, alocados em dez delegacias, para o Departamento Penitenciário (Depen). Com isto, 122 policiais civis voltaram a exercer suas atribuições em Ribeirão do Pinhal, Ibiporã, Cambé, Mandaguari, Guaratuba, Jandaia do Sul, Francisco Beltrão, Astorga, Iporã e Campo Mourão.
 
Depois, em abril, quatro carceragens foram esvaziadas. Duzentos e dois presos condenados que ainda estavam em unidades das cidades de Ubiratã, Matelândia, São Miguel do Iguaçu e Santa Helena foram transferidos para o Complexo Penitenciário de Foz do Iguaçu. “Este trabalho que está sendo feito é muito importante para o avanço da Polícia Civil”, destaca Rockembach.