Polícia Científica do Paraná celebra 22 anos como órgão central de perícia oficial do Estado 24/10/2023 - 16:34

A Polícia Científica do Paraná (PCP) comemora, nesta terça-feira (24), 22 anos como órgão central de perícia oficial do Estado. Durante essas duas décadas,  a instituição se destacou na atuação estratégica como elo integrador do Sistema Único de Segurança Pública e o Sistema de Justiça. Seu compromisso com a verdade, ciência e justiça é evidenciado em seu brasão oficial.

Desde o início das atividades periciais no Paraná, em 1892, até os dias atuais, gerações de profissionais dedicados e qualificados passaram por suas unidades, deixando um legado de conhecimento, ética, compromisso e inovação.

De acordo com o Diretor-geral da Polícia Científica, Luiz Rodrigo Grochocki, a PCP é uma instituição que honra o legado deixado pelas gerações que nos antecederam e que busca constantemente se aprimorar para atender às demandas da sociedade paranaense com eficiência e qualidade. 

“É uma enorme satisfação observar esses 22 anos da PCP, a instituição evoluiu muito, tivemos um importante investimento em equipamentos, infraestrutura, pessoal, viaturas, isso trouxe uma melhoria nos serviços prestados à população paranaense e às demais forças de segurança, contribuindo para uma maior efetividade do trabalho da polícia e de todo o sistema de justiça”, destaca o oficial criminal e Diretor de Operações, Ciro Pimenta.

A perita oficial criminal e Diretora Administrativa, Tatiane Prussak ressalta o trabalho das pessoas que integram a companhia. “Desde que entrei, acompanho as inúmeras transformações que ocorreram e é importante observar que o crescimento institucional e a notoriedade que foi alcançada perante a sociedade só foi possível pelo trabalho de todas as pessoas que fizeram e fazem parte desta instituição”, disse.

A PCP expandiu sua presença por todas as regiões do estado ao longo de sua história e se tornou referência nacional em ciências forenses, impulsionando a investigação de delitos por meio de tecnologia, pesquisa e inovação.

LEGISLAÇÃO – A Polícia Científica vem passando por grandes mudanças em sua legislação. Demandas antigas dos servidores foram efetivadas a partir de regulamentações que ocorreram nos últimos anos, como a Lei nº 21.117/2022 que teve como objetivo modernizar e tornar mais eficientes as estruturas administrativas, especialmente pela incorporação das atribuições do Instituto Médico-Legal e do Instituto de Criminalística, ora extintos, bem como pela racionalização das unidades internas decorrentes desta reorganização.

Em 2023 foi sancionada a Lei Complementar nº 258 que rege o QPPO. A nova legislação coloca a PCP em destaque no cenário nacional na valorização profissional e traz a segurança jurídica de uma Lei Complementar que regulamenta o artigo 50 da Constituição Estadual.

Em setembro de 2023, o Código de Ética e Conduta da Polícia Científica do Paraná, Lei nº 21.640, foi sancionado, garantindo que a ética na atuação da perícia oficial de natureza criminal seja regida em normas atuais e modernas. 

MUSEU – O Museu Paranaense de Ciências Forenses (MPCF) estabelece ligação entre a instituição e o público interessado no trabalho da PCP. Fundado em 1910 como Museu do Crime, seu propósito era armazenar objetos relacionados a delitos. No entanto, em 2022, passou a ser chamado de Museu Paranaense de Ciências Forenses. 

O espaço é dedicado à conservação da história da PCP e à promoção das ciências forenses. Seu acervo abriga uma ampla variedade de equipamentos usados desde o início das atividades periciais no Estado do Paraná, além de livros, documentos, arquivos fotográficos e centenas de ossos e outras peças anatômicas.

ACADEMIA – Criada em 2019, a Academia de Ciências Forenses (ACF) tem como principal atividade a capacitação, atualização e reciclagem dos Peritos Oficiais e Técnicos de Perícia. O treinamento oferecido pela academia se concentra na aplicação prática dos conceitos aprendidos em cenários reais. Os profissionais têm a oportunidade de simular situações de crime e praticar as técnicas de coleta, análise e interpretação de vestígios.

ORGULHO – Muitos profissionais passaram pela instituição durante esses 22 anos de história, como é o caso do perito oficial criminal e chefe da UETC de Foz do Iguaçu, Raul Lessa. “Fazer parte da Instituição, neste aniversário de 22 anos, significa poder contribuir com a efetivação da justiça, de modo versátil e interdisciplinar, sendo a razão das ciências forenses no processo penal, passar à sociedade a credibilidade de um processo penal transparente, sólido e, principalmente, justo”, destaca.

Quem também vivencia o mesmo sentimento é a técnica de perícia oficial e chefe do Necrotério da UETC Tarumã, Camilla Gazolla. “O trabalho da PCP em casos tão delicados dá um retorno de extrema significância para a sociedade. E é justamente isso que nos dá tanto orgulho de pertencer a essa instituição”, comenta.

O perito oficial criminal e chefe da Seção de Identificação Veicular, Josué Tadeu Borba, ressalta as mudanças que ocorreram. “Quando eu entrei, há 14 anos, não tínhamos a dimensão da importância do nosso trabalho. Hoje, conseguimos ver o quanto ele impacta na sociedade”, reforçou.

“É uma felicidade fazer parte desta instituição, que vem ganhando cada vez mais relevância no meio jurídico, especialmente nos últimos anos. Participamos ativamente do processo de desvinculação da Polícia Civil e construção da Polícia Científica e é um grande orgulho. Fico muito feliz de acompanhar a evolução da nossa querida PCP e de participar de todo esse processo”, disse o perito oficial criminal e chefe da UETC Londrina, Luciano Bucharles.

 

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