Servidoras da Secretaria da Segurança Pública do Paraná participaram, nesta semana, do I Encontro Nacional de Segurança Pública e o Enfrentamento da Violência contra a Mulher, promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, em parceria com o Ministério das Mulheres, de 20 a 22 de março, no Palácio da Justiça, em Brasília. 

Representantes das polícias Civil, Militar, Científica e Corpo de Bombeiros estiveram presentes no evento, que abordou diferentes pautas relacionadas à violência de gênero e maneiras de combater a violência contra a mulher, bem como orientações para prestar um atendimento adequado às vítimas. 

“Nós pudemos trocar experiências e falar sobre realidades dos nossos estados. O Paraná está em uma boa posição em relação ao combate da violência doméstica familiar contra a mulher. Nós temos vários programas que estão sendo desenvolvidos pelo nosso Departamento e que nos colocam em uma posição favorável”, comenta a delegada-titular da Delegacia da Mulher de Curitiba, Vanessa Alice, que se reuniu com representantes das delegacias da mulher de todo o Brasil. 

Durante as câmaras técnicas elaboradas, foram debatidas atualizações sobre as Diretrizes Nacionais de Atendimento à Mulher Vítima de Violência Doméstica, das Norma Técnica das Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher, da criação de Diretriz de Atendimento para os Corpos de Bombeiros Militares, entre outros. 

A perita criminal da Polícia Científica do Paraná, Denise de Oliveira Carneiro Berejuk, afirmou que o evento foi um primeiro encontro para alinhar as questões relacionadas aos atendimentos para vítimas de violência contra a mulher. “O objetivo era levantar as potencialidades e dificuldades de cada ente da federação relacionado à violência contra a mulher, para a elaboração de projetos. Nós trabalhamos em câmaras técnicas e eu participei de uma sobre perícia. Após, foi elaborado um documento para que nós possamos informar quais projetos estão em andamento e quais seriam necessários para que haja uma distribuição de recursos”, explicou. 

"Um tema muito abordado foi a capacitação e a especialização dos profissionais da segurança pública. No nosso caso a atenção foi direcionada ao atendimento das ocorrências de violência doméstica em parceria com os demais órgãos integrantes da rede e, também, a existência de protocolos e espaços adequados ao atendimento da bombeiras militares que possam ser vítimas desta modalidade de crime. Após amplo debate entre as representantes, foram apresentadas as sugestões para o desenvolvimento de políticas nacionais e melhorias nas corporações para um prestação de serviço técnico e humanizado", acrescenta a major do Corpo de Bombeiros, Franciane Alves de Siqueira.

As reuniões também analisaram o projeto Pronasci 2, Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, que foi lançado recentemente com o objetivo de reduzir a incidência de feminicídio. Ele oferece apoio às vítimas de diversas formas de violência, incluindo abuso físico, psicológico, sexual, moral ou patrimonial. Essas iniciativas irão abranger uma ampla gama de áreas, desde a melhoria da infraestrutura física até o desenvolvimento de atividades culturais e educativas voltadas para o combate a novos casos de violência.