Operação integrada transfere 50 presos do Litoral para a Casa de Custódia de Piraquara 30/12/2021 - 19:42

O Departamento de Polícia Penal (Deppen) coordenou uma grande operação para transferência de 50 presos das carceragens do Litoral para Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. A escolta dos veículos de transporte de detentos, que aconteceu nesta quarta-feira (29), contou com o apoio da Polícia Militar, da Polícia Civil (PCPR) e do helicóptero do Grupamento de Operações Aéreas (GOA).

De acordo com o gestor da Cadeia Pública de Guaratuba, Joao Paulo Schlemper, a remoção dos detentos é uma das prioridades do Deppen no Litoral. “O sucesso da operação é de extrema importância neste início de temporada, pois permite um esvaziamento das carceragens da região, momento em que há uma grande movimentação de pessoas e, consequentemente, mais prisões”, explica.

O trabalho de remoção dos presos do Litoral às estruturas condizentes do Deppen é a primeira das diversas etapas relacionadas à gestão da população carcerária. Agora, os presos foram realocados à Casa de Custódia de Piraquara (CCP), que conta com espaço mais adequado para o gerenciamento da população carcerária.

Desde o início das ações do Deppen pelo Verão Paraná 2021/2022, em 10 de dezembro, até a última terça-feira (28), 223 presos entraram no sistema prisional devido às ações das polícias, e 138 deles já foram transferidos para outras unidades da Região Metropolitana da Capital, justamente para impedir que as unidades prisionais e delegacias das cidades litorâneas fiquem sobrecarregadas.

“Os números representam o trabalho ininterrupto do Deppen para proporcionar carceragens vazias no Litoral e impedir qualquer possível transtorno de lotação durante a temporada. Por isso iniciamos os trabalhos antes mesmo do começo do verão” explicou Schlemper.

“Ao retirar os presos dos cuidados da Polícia Civil e encaminhá-los ao sistema penitenciário, auxiliamos o trabalho dos próprios policiais civis, que podem focar inteiramente na sua atividade fim, sem se preocupar com a gestão temporária destes detentos, que acontece após cada prisão”, explica a vice-diretora da Penitenciária Feminina de Piraquara e coordenadora do Verão Paraná - Viva a Vida pelo Deppen, nesta semana, Juliana Duarte. “Hoje podemos dizer que o veranista pode dormir tranquilo, pois conta com diversas forças de Segurança Pública que trabalham em conjunto para protegê-lo”, completa.

A Polícia Civil também integrou a operação de transferência com apoio na escolta do comboio e acompanhamento aéreo durante todo o trajeto. “A integração das forças é essencial para que tudo corra bem. Todas as polícias que fazem parte da ação devem agir de maneira síncrona. Tanto nessa quanto em outras ações, nossa prioridade sempre será levar segurança e tranquilidade ao cidadão”, explica o investigador Gabriel Lorenzzi, que integrou a escolta.

O oficial de planejamento da PM no Verão Paraná - Viva a Vida, capitão Wagner Araújo, destaca que neste período o Litoral precisa ter espaços para receber presos devido ao aumento de ações policiais. “O apoio da PM tem sido constante à Polícia Penal e, agora, na temporada de verão continuamos a trabalhar em parceria. Desde o início dos trabalhos, já fizemos dezenas de prisões e as transferências são necessárias para que as carceragens não lotem”, afirmou.

DEMANDA HISTÓRICA - Um planejamento feito pelo Governo do Estado, coordenado pela Secretaria da Segurança Pública, transferiu, desde 2019, quase 12 mil presos que estavam em carceragens da Polícia Civil à gestão plena do então Departamento Penitenciário do Paraná (Depen). Com isso, a Polícia Civil deixou de cuidar de presos, podendo atuar exclusivamente em sua atividade fim: a investigação e solução de crimes.

A processo contou com três etapas, com o objetivo de acabar com a superlotação nas delegacias. Segundo balanço da Sesp, em um primeiro momento 37 delegacias tiveram suas carceragens transferidas para nova gestão. Na segunda etapa foi autorizada a transferência de mais 41 e o fechamento completo de unidades em 15 municípios. Na terceira, executada em 2021, foram transferidas outras 37 carceragens.

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