Nos primeiros seis meses, Bombeiros define planejamento para os próximos 15 anos e moderniza procedimentos em favor da população 07/09/2021 - 14:00

A disposição do Corpo de Bombeiros do Paraná em reajustar a gestão prospecta um futuro grandioso para a instituição que vai completar 109 anos de existência neste ano. Ao longo do primeiro semestre, foi definido um planejamento estratégico para os próximos 15 anos, que vai permitir a evolução na administração da instituição baseado na mensuração de metas e resultados. O foco é no cidadão, na modernização da gestão, na integração institucional e na valorização do bombeiro militar. Investimentos de infraestrutura, fiscalizações e ações de combate a incêndios florestais foram destaque nos seis primeiros meses deste ano.

 

O Comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Gerson Gross, destaca que a instituição inovou no primeiro semestre de 2021. Ao olhar para o futuro a instituição previu metas e estabeleceu um plano para aprimorar o atendimento ao cidadão. “Avançamos na gestão da instituição, com a implantação definitiva do nosso planejamento estratégico e com a criação do conselho superior de gestão do Corpo de Bombeiros, no qual o futuro da corporação é discutido”, afirmou.

 

O documento, que inclusive é aberto ao público e pode ser consultado por qualquer pessoa na página oficial do Corpo de Bombeiros (www.bombeiros.pr.gov.br), pontua estratégias e planos para evoluir a gestão, atendendo aos anseios da sociedade em alinhamento com o Governo do Estado. O objetivo é a atuação com base num sistema de metas que possibilitem alcançar objetivos estratégicos para a instituição. As metodologias adotadas seguem os processos de iniciação, planejamento, execução, monitoramento e encerramento, baseados em procedimentos de padrão internacional na gestão de qualidade.

 

O trabalho do Corpo de Bombeiros teve destaque no cenário nacional nesse sentido e o Paraná foi escolhido para desenvolver e implementar o planejamento estratégico das instituições que fazem parte do Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (Ligabom). “Ao final de junho entregamos esse estudo e estamos na parte de desenvolvimento da plataforma de acompanhamento do plano. Para nós é uma grande honra porque ter o Paraná à frente desse trabalho demonstra a competência dos nossos bombeiros e a vanguarda que o nosso estado representa aos demais estados do Brasil”, explicou o coronel Gross.

 

Em paralelo à modernização da gestão, o Corpo de Bombeiros também se preocupou com a renovação de estruturas e equipamentos. A partir da apresentação anterior de projetos, as unidades da instituição receberam modernos equipamentos e viaturas para dar pronta resposta às emergências. Em abril foi entregue o Simulador FLAIM, de origem australiana, para ser incluído no treinamento de bombeiros militares simulando ocorrências de combate a incêndio em diferentes cenários e circunstâncias, estimulando o profissional a exercitar procedimentos e técnicas com a mesma eficiência de um exercício real em campo. O investimento do Governo do Estado para aquisição deste equipamento foi de R$ 707 mil.

 

Outra conquista, especificamente, foi para o 7º Grupamento de Bombeiros,  foi o recebimento de um caminhão Auto Bomba Resgate (ABTR), graças ao investimento de R$ 923 mil da Secretaria da Segurança Pública na compra do veículo. A viatura tem capacidade para 4.000 litros de água e conta com vários recursos tecnológicos e operacionais para ser empregado tanto em ocorrências de resgate e salvamento quanto no combate a incêndios.

 

O coronel Gross detalha que ainda há mais veículos a serem entregues à instituição nos próximos meses, graças ao trabalho incansável de busca por recursos para melhorar a estrutura de trabalho dos bombeiros militares “Pudemos fazer entregas de viaturas, equipamentos no primeiro semestre, e ainda tivemos a entrega de quatro viaturas de Auto Busca e Salvamento, além de 10 motoaquáticas, para serem aplicadas no Litoral, Foz do Iguaçu, União da Vitória e Paranavaí no segundo semestre”, disse.

 

Outro ponto importante na preservação da segurança do bombeiro militar tratado ao longo do primeiro semestre foi a definição do equipamento de proteção individual de uso diário, que é o uniforme operacional. Segundo o coronel Gross, o investimento do Governo do Estado é de R$ 7 milhões para atender todos os bombeiros militares do estado. “Essa roupa é totalmente diferenciada, antichamas, tecido impermeável, confortável para uso no dia a dia, até mesmo para os socorristas que atuam nas ambulâncias”, afirmou o coronel.

 

FAZER MAIS COM MENOS – O foco da gestão dos bombeiros é otimizar recursos e ampliar a atuação dos profissionais. Atualmente a instituição possui 12 Grupamentos e seis Subgrupamentos Independentes distribuídos em todo o estado, que atuam em diversas missões de emergência, com destaque para as situações de prevenção e combate a incêndios, busca e salvamento em ambientes aquáticos e terrestres, atendimento pré-hospitalar e atividades de defesa civil.

 

“Esse ano está sendo difícil, então readequamos ações e buscamos projetar nossa instituição para os próximos 15 anos. Fizemos um trabalho focado nessa questão do futuro da nossa Corporação, observando os pilares fundamentais que são metas e resultados, para analisar com mais eficiência os processos de trabalho desenvolvidos, com o objetivo de proporcionar bem-estar ao cidadão paranaense que necessita dos nossos serviços”, explicou o coronel.

 

LINHA DE FRENTE – Os bombeiros seguiram trabalhando dia após dia, mesmo diante das circunstâncias da pandemia e do risco de contaminação pelo contato constante com a população. O cuidado com os profissionais que atuam na linha de frente do atendimento ao cidadão não ficou para trás e o Corpo de Bombeiros buscou apoios para imunizar os integrantes. Graças a atuação da Secretaria da Segurança Pública e da Secretaria da Saúde, a vacinação começou e, até junho, todo o efetivo já estava vacinado com a primeira dose. “Devemos finalizar a aplicação da segunda dose até setembro”, disse o coronel Gross.

 

O apoio dos profissionais também foi firme com relação às fiscalizações das medidas sanitárias. Em conjunto com a Polícia Militar e órgãos municipais, os bombeiros integram a Ação Integrada de Fiscalização Urbana (AIFU) e contribuíram nos trabalhos de monitoramento e abordagem, aplicando notificações nos pontos irregulares e que fomentavam aglomerações de pessoas e outros desrespeitos contra a prevenção ao Covid-19, além das rotineiras como verificação de saídas de emergência.

 

O coronel Gross destacou ainda que durante a pandemia, o objetivo dos trabalhos de fiscalização passou a ser mais orientativo do que punitivo, visto o impacto da pandemia que atingiu o setor econômico do estado. Por isso, foi feita uma proposta de suspensão do prazo para adimplência dos termos de ajustamento de conduta. “Isso porque quando as empresas assinaram os termos de compromisso veio a pandemia, então fizemos um pedido ao Governo do Estado para que fossem feita uma lei que suspendesse os prazos dos termos de ajustamento de conduta, justamente para que as pessoas possam se reerguer para depois adimplir as exigências do Corpo de Bombeiros”, detalhou.

 

COMBATE ÀS QUEIMADAS – Com a operação Quati João, o Corpo de Bombeiros está em prontidão combatendo os incêndios florestais que são mais frequentes nesta época do ano, somado à questão da crise hídrica enfrentada pelo estado. O planejamento inclui o preparo dos bombeiros militares e a disponibilidade de equipamentos próprios para o emprego no combate às chamas, principalmente no interior do estado. Segundo o coronel Gross, a operação segue até outubro.

 

Inclusive, graças à especialidade de vários bombeiros militares em incêndios florestais, o Paraná é referência no tema e vai disponibilizar um grupo de profissionais para integrarem a Força Nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a fim de prestar apoio aos outros contingentes de bombeiros em outros estados brasileiros que estão enfrentando queimadas.

 

 

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