O incêndio registrado na manhã desta quarta-feira (17) em um edifício de quatro andares na Avenida Senador Luiz Xavier, no centro de Curitiba, reforça a importância de sistemas de prevenção contra incêndios em edificações residenciais. No atendimento foram empregados 21 bombeiros, seis caminhões de combate a incêndio, três caminhonetes de busca e salvamento e uma ambulância do Siate. Quatro pessoas precisaram de atendimento médico — duas idosas com hipertensão e dois rapazes por inalação de fumaça —, todas sem risco de morte.

O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) controlou as chamas em cerca de 12 minutos, evitando maiores consequências. A ocorrência, no entanto, expôs novamente os riscos relacionados à ausência de manutenção e ao desconhecimento das medidas de segurança por parte de moradores e responsáveis por prédios.

As medidas de segurança em edificações têm dois objetivos principais: permitir a evacuação segura das pessoas e evitar a propagação das chamas. Neste sentido, existem medidas ativas, como extintores e hidrantes, e medidas passivas, que são elementos estruturais projetados para impedir que o fogo avance de um pavimento para outro ou de um cômodo para outro.

Segundo o capitão Bruno Zirpoli de Mattos, do CBMPR, que comandou a operação, cuidados rotineiros podem fazer grande diferença no momento de um incêndio: “Uma ação simples, mas muito poderosa, é sempre que sair de casa fechar as portas dos cômodos. Assim, em caso de incêndio, o fogo tende a se restringir ao ambiente inicial, já que as chamas se desenvolvem, mas o oxigênio diminui até provocar a autoextinção.”

De acordo com o CBMPR, a legislação paranaense estabelece exigências rigorosas para edificações, como extintores, placas de sinalização de emergência, escadas dimensionadas para evacuação segura e portas corta-fogo para impedir a propagação da fumaça. Além disso, moradores podem colaborar mantendo rotas de fuga desobstruídas e conhecendo os equipamentos de combate a incêndio disponíveis em seus prédios.

O CBMPR reforça que a prevenção é a forma mais eficaz de proteção: além de garantir a evacuação segura, os sistemas de combate inicial permitem que pequenos focos sejam controlados rapidamente, reduzindo riscos para moradores e bombeiros.