Encontro de dirigentes de Polícia Científica promove discussão de políticas públicas para a área 04/11/2021 - 17:50

Durante a terceira edição do Interforensics 2021, que segue até esta sexta-feira (05/11), em Foz do Iguaçu, na região oeste do Paraná, estão acontecendo reuniões técnicas com 24 dirigentes de Polícia Científica do Brasil. O encontro promove discussões e o fortalecimento sobre os procedimentos e padronizações voltadas às diversas áreas da Polícia Científica e resultará na Carta de Foz do Iguaçu, que será encaminhada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública com objetivo de pautar políticas públicas na área de ciências forenses. 

A reunião desta quinta-feira (04/11) contou com a participação do secretário Nacional da Segurança Pública, Carlos Renato Paim. “É grande a importância da perícia no Brasil, principalmente no contexto atual, por isso temos vários projetos em andamento na Senasp em prol das Polícia Científicas do Brasil”, disse.

Para o Diretor-geral da Polícia Científica do Paraná e Coordenador da XIII Conferência Internacional em Crimes Cibernéticos (ICCyber), Luiz Rodrigo Grochocki, a reunião técnica promove a troca de expertise entre os estados, por meio da qual são apresentados procedimentos que estão dando certo nos estados e que podem ser incorporados em outros, servindo de balizamento para melhor prestação de serviço à sociedade. “Ao término da reunião é encaminhada uma carta-proposta para o Ministério da Justiça, que é um dos apoiadores deste evento, com sugestões e soluções visando a melhoria na gestão de polícia científica”, afirmou. 

A integração entre os dirigentes promove o debate de diversas questões, entre elas assuntos financeiros, recursos humanos e técnicas que possibilitem a melhoria para uma melhor gestão das polícias científicas, conforme destacou o presidente da Academia Brasileira de Ciências Forenses e da Interforensics 2021, João Ambrósio. 

“As ciências forenses estão inseridas no contexto da sociedade brasileira, por isso é importante essa interação entre os estados, os dirigentes de Polícia Científica e o compartilhamento de boas práticas e experiências, pois servem de balizamento para uma melhor gestão. A expectativa é que nesse encontro sejam discutidas melhorias, de forma consensual entre os dirigentes para trazer avanço à esta área no Brasil”, informou.

O encontro entre os dirigentes de Polícia Científica do Brasil acontece duas vezes por ano, para o debate de políticas públicas na área pericial inerente à segurança pública. E, desde 2020, é a primeira vez que acontece de forma presencial, sendo o grande diferencial, de acordo com o Presidente do Conselho Nacional de Dirigentes de Polícia Científica, Marcos Egberto Brasil de Melo. 

“A oportunidade de estarmos juntos, de forma presencial, é o grande diferencial desse encontro para que essas discussões possam fluir e avançar nas diversas pautas da perícia e Polícia Científica do Brasil, incluindo as previsões e o planejamento futuro da área. Nesses três dias de reuniões de trabalho estão inseridos alguns convidados que palestram sobre diversos temas, por exemplo, integrantes do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, falando sobre os trabalhos que desenvolvem, que tem uma relação muito próxima com a perícia”, explicou.

Para o diretor-geral da Polícia Científica do Amapá, Salatiel Guimarães, o evento só fortalece as polícias científicas do país principalmente porque apresenta novidades como o Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab). “Assim como já é feito com o banco de perfis genéticos, este sistema vai integrar os estados e possibilitar maior resolução de crimes envolvendo arma de fogo, pois aumenta a capacidade de identificação e análise de vínculo entre as armas e munições coletadas em cenas de crime, por exemplo. Hoje isso ainda é isolado”, explicou.

ELEIÇÃO - No último dia do encontro entre os dirigentes de Polícia Científica, que acontece nesta sexta-feira (05/11), será feita a eleição dos dirigentes, por meio de voto aberto, para a escolha do novo presidente do Conselho Nacional de Dirigentes de Polícia Científica (CONDPC) que hoje é o Superintendente da Polícia Científica de Goiás (GO), Marcos Egeberto. A presidência do conselho dura dois anos.
 

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