Curitiba recebe Seminário Regional de Integração das Agências de Inteligência Penitenciária Sul 30/11/2021 - 17:31

A Diretoria de Inteligência Penitenciária do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen), promove nesta semana o I Seminário Regional de Integração das Agências de Inteligência Penitenciária Sul (I SERIIPEN). O evento vai tratar de novas perspectivas do tema no cenário nacional.

Ele conta com participantes dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que vieram à capital paranaense para compartilhar experiências, discutir temas relevantes e tratar de doutrinas e práticas. Participam deste seminário analistas, diretores e chefes regionais do sistema penitenciário, bem como profissionais convidados de outras instituições como Polícia Militar, Polícia Civil, Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e Tribunal de Justiça.

Durante a abertura do evento, nesta terça-feira (30), o secretário da Segurança Pública do Paraná, Romulo Marinho Soares, ressaltou que a participação dos representantes da inteligência penitenciária de cada estado culmina em resultados mais eficientes.

“Não temos como pensar na segurança pública sem o setor de inteligência e, em especial, a penitenciária. Constantemente somos desafiados a atualizar procedimentos e reforçar as ações preventivas nas unidades penais e não há outra forma de fazer isso senão com o incentivo à educação continuada e o constante aperfeiçoamento dos nossos profissionais”, disse.

O diretor de Inteligência Penitenciária Nacional, Josélio Azevedo de Souza, conta que um dos principais objetivos do seminário é identificar as boas práticas e as expertises que cada estado tem, as quais podem ser readequadas às realidades de outras unidades da Federação. O Paraná, na visão do diretor, tem várias qualidades na gestão e na operacionalização da inteligência no setor penitenciário.

“O Paraná é um estado muito importante, não só por se dispor a sediar nosso primeiro evento, como também por prestar apoio muitas das nossas ações e contribuir com este cenário de compartilhamento de informações e estratégias. A União pode e deve destinar aos estados com know-how tecnologia, recursos materiais e centralização da gestão, os quais têm sido apresentados durante o seminário e serão reiterados nos próximos dias”, disse.

INTEGRAÇÃO – Os profissionais de outras forças de segurança pública do Paraná e dos demais estados do Sul participam das atividades e vão contribuir para fortalecer a integração. De acordo com o diretor de Inteligência e Informação da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária e Socioeducativa de Santa Catarina, Ricardo Ferreira, a integração ajudará o sistema penitenciário brasileiro a avançar ainda mais. 

“Tivemos a oportunidade de trazer todo o nosso staff de Santa Catarina para compartilhar o que temos de melhor e absorver, na mesma medida, o que a inteligência no meio prisional e socioeducativo dos demais estados pode oferecer em benefício da Segurança Pública do Sul do Brasil”, disse. 

Já o representante da Superintendência dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul, Thiago da Silva Agne, destaca que o momento é de explorar cada vez mais os recursos da inteligência diante da evolução constante da criminalidade. “Esta iniciativa, que une a área da inteligência prisional do Sul do País, é um ponto decisivo para a segurança pública, pois permite o compartilhamento aprofundado de dados e a cooperação entre todas as forças de segurança”, contou.

“Buscamos aprimorar, equipar e trazer uma nova filosofia de trabalho aos nossos integrantes, até porque eu também sou oriundo da inteligência. Então buscamos aprimorar este serviço e dar uma qualificação e um treinamento já voltada à questões futuras”, destacou o diretor-geral do Deppen, Francisco Caricati.

Neste sentido, o chefe da Agência de Inteligência Penitenciária do Paraná, Adailton Taques, explica que há um trabalho para ampliar o setor em todo o Estado. “Conseguimos 113 servidores com o curso básico de noções de inteligência penitenciária e outros 20 em um curso mais avançado, que é de operações, graças a uma parceira com o Centro de Inteligência da Polícia Militar. Essa qualificação é muito importante, porque valoriza o profissional e faz com que ele devolva serviços de excelência”, afirmou.

TEMAS – Serão tratados aspectos sobre doutrinas de inteligência, atribuições, ações e desafios do Departamento de Inteligência Penitenciária Nacional (Dipen), a atuação do crime organizado, contrainteligência, ferramentas de tecnologia da informação, dentre outros.

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