PPPR prende 10 pessoas por descumprimento de regras de tornozeleira eletrônica 16/04/2025 - 13:43

A Polícia Penal do Paraná (PPPR) iniciou na terça-feira (15) a segunda fase da operação Paraná Monitorado, com foco na fiscalização e repressão de irregularidades no uso da tornozeleira eletrônica. A ação ocorreu na cidade de Cascavel e resultou na prisão de dez pessoas que estavam com monitoração eletrônica e descumpriram medidas judiciais ou violaram as condições impostas no uso do dispositivo.
Mais de 30 policiais participaram da operação, que foi coordenada pela Divisão de Monitoração Eletrônica (DME) e pela Coordenação Regional de Cascavel. A ação também contou com o apoio da Polícia Civil do Paraná (PCPR) e da Guarda Municipal de Cascavel.
Durante a ação, os mandados de prisão expedidos pelo Poder Judiciário foram cumpridos integralmente, resultando na detenção de dez homens. Todos foram encaminhados para a Cadeia Pública de Cascavel.
O coordenador regional da Polícia Penal em Cascavel, Thiago Correia, destacou a importância da ação como mais uma ferramenta de combate ao crime. “A operação Paraná Monitorado é uma ação estratégica que reforça o trabalho da Polícia Penal no enfrentamento à criminalidade. Além das prisões e fiscalizações, importante destacar a integração com as outras forças de segurança e com o Poder Judiciário, que acompanhou todo o processo”, afirmou.
A operação teve início nas primeiras horas da manhã e segue até quinta-feira (17), com previsão de 70 fiscalizações em domicílios de pessoas monitoradas e outros pontos distintos da cidade. As visitas, conduzidas por policiais penais e equipes multidisciplinares do Complexo Social de Cascavel, visam identificar situações de vulnerabilidade social e, se necessário, encaminhar para serviços especializados de acolhimento, apoio e orientação.
“A operação atua em duas frentes: o cumprimento de mandados para quem descumpre reiteradamente as regras da tornozeleira eletrônica e o acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade. Em muitos casos, o descumprimento está relacionado à falta de energia elétrica, problemas familiares ou outras situações que precisam de atenção social. Nosso trabalho técnico subsidia o Judiciário para que ele possa tomar a melhor decisão, seja ela a regressão de regime ou o encaminhamento para serviços de apoio”, explicou o chefe da Divisão de Monitoração Eletrônica, Cláudio Xavier.
Atualmente, o Paraná possui cerca de 18 mil pessoas em monitoração eletrônica.
Os descumprimentos das regras podem ser classificados como leves ou graves. Infrações leves, como ultrapassar o limite geográfico de circulação, podem ser justificadas pelo monitorado. Já as graves, como a violação da tornozeleira, envelopamento do equipamento ou término intencional de bateria, podem resultar na regressão imediata do regime, conforme avaliação judicial.
Segundo a Polícia Penal, a operação Paraná Monitorado ocorrerá em todas as regiões do Estado.