Projeto social de Ponta Grossa presenteia filhos de privados de liberdade 26/12/2019 - 13:55

Quinze filhos de pessoas privadas de liberdade, que são atendidas pelo Complexo Social de Ponta Grossa, foram presenteados pelo Projeto Árvore da Esperança, mantido por agentes penitenciários e outros funcionários do Departamento Penitenciário (Depen) da região dos Campos Gerais. A ação foi feita antes da data oficial do Natal, mas contou com a visita do Papai Noel.

“Atendemos todas as cartinhas que recebemos com o item solicitado pelas crianças e, além dos presentes, as famílias receberam uma cesta básica”, explicou um dos idealizadores do projeto e coordenador do Complexo Social de Ponta Grossa, Everton Rodrigo dos Santos. Aos quatro anos, um dos meninos presenteados queria uma “bicicletinha”. Mas, com 11, outro pediu ajuda para a família e para tirar o “papai da cadeia”.

A vontade de ter um mundo melhor, mais colorido e solidário é que faz com que o grupo se reúna e realize os desejos de cada criança. “Pudemos reforçar o lado humano do trabalho dentro do Departamento Penitenciário e lembrar o quão importante é manter viva a esperança nessa rotina de trabalho. Quando você sente amor por algo que você faz, você encontrou o seu propósito”, contou Everton dos Santos.

O projeto contou com a colaboração da coordenação regional de Ponta Grossa, do Ministério Público e da Vara de Execuções Penais do município, além de policiais penais e funcionários do Complexo Social dos Campos Gerais, que adotaram uma cartinha e presentearam os pequenos. “Decidimos olhar de uma forma diferente para cada criança e lançar a ideia da cartinha ao Papai Noel, de forma a realizar aquele pequeno sonho internalizado nos pequeninos e o resultado foi fantástico”, afirmou.

O Projeto Árvore da Esperança surgiu com a finalidade de atender as crianças, filhos das pessoas privadas de liberdade que são atendidas pelo Complexo Social de Ponta Grossa, que conta com um pequeno espaço kids e uma mesa de pintura, onde os pequenos ficam, enquanto aguardam o atendimento dos pais pelo corpo técnico do local. “A ideia é que não eles sejam prejudicados com informações desnecessárias passadas aos adultos”, explicou Santos.

O coordenador do Complexo Social disse que as visitas deles são frequentes e rotineiras, já que é comum que os pais não tenham com quem deixar os filhos enquanto são atendidos. A ação natalina, segundo ele, foi significativa e emocionante. “O olhar atento de cada criança à chegada do Papai Noel foi maravilhoso, eles cantaram, ouviram atentamente as histórias do bom velhinho e depois receberam os seus presentes. É mais um dia para não tirar da memória”, destacou.