PPPR lança obra produzida em parceria com universidade e comunidade em Ponta Grossa 25/11/2025 - 17:00
A Polícia Penal do Paraná (PPPR), por meio do Complexo Social de Ponta Grossa, realizou na última semana o lançamento do livro “(Entre)linhas e grades: a cartografia como instrumento de efetivação de cidadania na trajetória da vida de pessoas privadas de liberdade no âmbito da execução penal em Ponta Grossa”. Ao todo, 34 participantes contribuíram para a construção da obra, incluindo 16 pessoas privadas de liberdade — do regime fechado e em monitoração eletrônica — que participaram de forma anônima.
Durante a cerimônia, os exemplares foram entregues oficialmente às autoridades e às instituições parceiras, reforçando o compromisso conjunto com a qualificação das ações de reinserção social no sistema penitenciário do Estado. O evento marcou o encerramento do trabalho, que teve como objetivo registrar e socializar as experiências vividas ao longo das atividades do projeto.
A obra é resultado de uma articulação entre a PPPR, o Projeto de Extensão do Núcleo de Atendimento às Pessoas em Monitoração Eletrônica (Nupem), a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e o Conselho da Comunidade de Ponta Grossa.
Para o diretor-adjunto da PPPR, Maurício Ferracini, o projeto é um exemplo do impacto direto no processo de responsabilização e reflexão de pessoas privadas de liberdade. “São iniciativas que permitem ao custodiado refletir sobre sua trajetória, compreender os caminhos que o conduziram ao sistema prisional e pensar no retorno à sociedade. Além do desenvolvimento intelectual e do senso de responsabilidade, promovem também uma reflexão emocional, essencial para a retomada de uma vida em liberdade”, afirma.
A coordenadora do curso de Serviço Social da UEPG e uma das organizadoras da obra, Silmara Carneiro e Silva, também reforçou o caráter educativo do projeto. “O (Entre)linhas e Grades buscou qualificar o atendimento às pessoas em cumprimento de pena nos regimes fechado, semiaberto e na monitoração eletrônica. As atividades possibilitaram debates sobre prisões e suas consequências, educação, trabalho, profissionalização, relações familiares e comunitárias. A partir delas, construímos coletivamente os textos que compõem o livro”, conclui.


















