A Polícia Penal do Paraná (PPPR), por meio do Complexo Social de Curitiba, realizou mais uma etapa da sua ação itinerante no Litoral do Paraná, com o atendimento de 43 pessoas monitoradas judicialmente no município de Antonina, nesta quinta-feira (24).  A iniciativa, que tem como foco o acolhimento e o encaminhamento desse público para políticas públicas, trabalho, qualificação profissional e educação, integra um cronograma que percorre os municípios litorâneos após a alta temporada.

"A operação do Complexo Social nas cidades do litoral contribui, acima de tudo, para diminuição da reincidência prisional. Tanto pela inclusão social proporcionada pelos encaminhamentos multidisciplinares, quanto pelos acompanhamentos e revisão dos aspectos processuais do cumprimento da pena”, afirma o chefe da Divisão de Reintegração Social da PPPR, Rodrigo Fávaro.

Segundo a coordenadora do Complexo Social de Curitiba da PPPR, Darla Cebulski, a proposta é promover atendimentos presenciais, diretamente nos municípios, para compreender melhor a realidade das pessoas em cumprimento de pena que residem nessas localidades. Em abril, a ação já foi feita em Matinhos e Guaratuba, e seguirá em maio para Pontal do Paraná, Paranaguá e Morretes.

O Complexo Social conta ainda com o apoio dos Conselhos da Comunidade dos municípios visitados. “Esses conselhos são pontos de referência para os monitorados, pois auxiliam nas dúvidas e necessidades relacionadas ao cumprimento da pena. A participação deles tem sido essencial para o bom andamento da ação”, destacou a coordenadora.

A ação também tem o apoio da Divisão de Monitoramento Eletrônico (DME), responsável por fazer instalação, trocas, ajustes ou retiradas de tornozeleiras eletrônicas no local, evitando a necessidade de agendamentos futuros.
 
ATENDIMENTOS - Durante os atendimentos, são verificadas eventuais violações, pedidos de remição de pena, mudanças de endereço e regularização de documentação civil. Também são feitos encaminhamentos para serviços, como os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e instituições educacionais. Monitorados que demonstram interesse em cursos são inscritos e orientados quanto ao uso das plataformas digitais de ensino, considerando as especificidades locais e a distância dos centros urbanos.

LITORAL - Em Matinhos, em 3 de abril, foram chamados pelo menos 22 monitorados. Mais de 40 pessoas foram atendidas na ocasião e outras 12 deixaram seus contatos para atendimento remoto pela equipe do Núcleo de Atenção a Pessoas Monitoradas (NUPEM).

Já em Guaratuba, em 8 de abril, foram registrados 48 atendimentos e 17 agendamentos.

Os próximos atendimentos acontecerão nos dias 8, 15 e 22 de maio, em Pontal do Paraná, Paranaguá e Morretes, respectivamente.