Secretaria da Segurança Pública incentiva cuidados com a saúde mental por meio do Prumos 30/09/2021 - 16:43

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) atuou durante todo o mês de setembro para reforçar os cuidados com a saúde mental dos policiais militares e civis, bombeiros, agentes penitenciários e peritos oficiais, além dos seus familiares. Entre as ações estão a divulgação do programa Prumos, que presta atendimento na área psicossocial em todo o Estado.

Para o secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, o Prumos é uma forma de apoio aos integrantes das forças de segurança. “O programa é uma forma de buscar ajuda quando os nossos servidores não estão se sentindo bem, não só em razão da sobrecarga e responsabilidade da função que exercem, mas muitas vezes podem estar com problema particular", disse.

O Prumos conta com 40 Seções de Atendimento Psicossocial (SAP) no Paraná, dois Centros Psicossociais (em Curitiba e em Londrina), além de dois Centros em fase de implantação, nas cidades de Maringá e Cascavel.

A chefe da Assessoria de Planejamento Estratégico e Gestão de Projetos e coordenadora estadual do programa, Patrícia Manica, destaca a ampliação constante do programa para possibilitar o atendimento em todo Estado, presencial ou online.

“O programa é personalizado para os servidores da segurança pública e seus familiares, independente da função que atuam. O atendimento é focado nas características desses profissionais e as equipes de psicologia e serviço social que prestam os serviços têm bastante conhecimento técnico”, afirmou.

Durante o Setembro Amarelo, o Prumos fez diversas ações por meio eletrônico, entre reuniões e palestras, com intuito de alertar as forças de segurança sobre o assunto.

Um dos profissionais engajados nesta campanha foi o psicólogo Jorge Luiz Calazans da Silva, de Maringá, que falou sobre os sinais de alerta que podem identificar quando uma pessoa não está bem e precisa de ajuda, que nem sempre são óbvios e podem variar de pessoa para pessoa.

“Algumas pessoas deixam suas intenções claras e outras, de forma oculta, mas devemos ficar atentos. O desânimo, a ausência ou abandono de planos futuros, a compra de armas ou de comprimidos, o isolamento em excesso, a mudança de humor repentina e o aumento ou mudança do padrão com uso de álcool ou drogas são alguns sinais de alerta”, disse o psicólogo.

Ainda de acordo com ele, se algum colega de trabalho ou familiar identificar essas situações é importante deixar a pessoa desabafar. “É importante não ignorar este sentimento que a pessoa está demonstrando e que precisa de um acompanhamento profissional. Não é momento de julgamentos e leituras prematuras, utilizando para o diálogo respostas prontas. Muitas vezes a pessoa quer apenas alguém para escutá-la”, acrescentou.

Além do apoio de pessoas próximas, é fundamental a pessoa procurar assistência de um profissional. É nesse momento que o Prumos pode ajudar, conforme explicou a psicóloga do programa, em Foz do Iguaçu, Gabriela Silvestrini Ganguilhete.

“Quando a pessoa ou alguém próximo a ela percebe sentimentos e emoções no dia a dia, que pode ser de tristeza profunda, mudanças de comportamento e de rotina, por exemplo, de coisas que ela gostava de fazer e agora não tem mais vontade, tem dificuldade para dormir ou dorme em excesso e tem pensamentos de que a morte é a solução para resolver os problemas, estes são alguns pensamentos ou conflitos que emitem alerta para a pessoa procurar ajuda de um profissional o mais rápido possível, pois é muito difícil conseguir sair desse contexto sozinho”, ressaltou a psicóloga Gabriela.

Já em alusão ao Setembro Amarelo, os psicólogos também deixaram uma mensagem aos profissionais das forças de segurança do Paraná. “Por mais dificil que seja a sua situação é preciso entender que você não está sozinho, em nenhum momento. Todos nós, que fazemos parte da Secretaria da Segurança Pública, estamos interessados no bem-estar da sua saúde mental e da sua retomada de vida. Conte conosco onde você estiver”, ressaltou o psicólogo Jorge.

“É importante fazer com que as pessoas se sintam acolhidas, porque se alguém está em um processo de adoecimento, muitas vezes, tem dificuldade em expor para os colegas esse sentimento. É nesse momento que elas precisam perceber que não estão sozinhas, que sempre tem alguém para estender a mão e ajudá-las a sair dessas sensações e direcioná-las à ajuda especializada”, informou a psicóloga Gabriela.

Para saber os locais de atendimentos do Prumos e forma de contato, os servidores da Secretaria da Segurança podem acessar o site. Os serviços também são disponibilizados de forma online.

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