A Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), da Polícia Penal do Paraná (PPPR), formou nesta segunda-feira (6) cinco policiais penais no IV Curso de Formação de Equipes de Imobilização Tática. Entre os formandos estavam três policiais penais do Estado do Paraná e dois do Rio Grande do Norte. A cerimônia de formatura e brevetação foi realizada no auditório da sede da Espen, em Curitiba.

O curso, que tem o objetivo de formar profissionais multiplicadores de conhecimento, ou seja, aptos a replicar os ensinamentos do curso nas mais diferentes disciplinas para outros policiais penais do país, também prevê a garantia dos direitos de quem está encarcerado e a segurança jurídica do policial penal. Realizado entre os dias 16 de outubro e 5 de novembro, o curso com carga horária de 190 horas contou com atividades teóricas e práticas ministradas por profissionais da segurança pública do Paraná, São Paulo, Santa Catarina, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

“Hoje tivemos uma formação que ainda não tínhamos dentro da Polícia Penal, vinda de outros estados e fazendo esta interação. Essa união de forças entre as demais unidades do país, levando e replicando conhecimento, fortalece não só o departamento de Polícia Penal do Paraná, mas de todo o Brasil. Esse é o caminho para uma escola forte, profissionalizada, com nossos policiais atuando de forma adequada, dentro da legalidade, equilibrada, fortalecendo a Polícia Penal em âmbito nacional”, destaca o diretor adjunto da Polícia Penal do Paraná, Maurício Ferracini.

Para o coordenador da Espen, Rodrigo Fávaro, a formação de multiplicadores de conhecimento dentro desta área de imobilização tática é uma das necessidades da escola. “Entre as disciplinas abordadas neste curso estão retenção, contra retenção e combate veicular, além de muitos conteúdos que também estão presentes no Curso de Transição para Operações da Polícia Penal (CTOPP). Hoje nós ampliamos nosso rol de policiais penais multiplicadores deste conhecimento, profissionais aptos a formar outros policiais nesta área. É o uso da força dentro de um estado de necessidade mas de uma forma moderada em ação intramuros e dentro da legalidade, para proteger os apenados e garantir seus direitos humanos sem que nenhum excesso seja cometido”, destaca.

“A gente entende que a Espen é uma ferramenta de transformação de toda a instituição. Quando estamos aqui na escola fazendo uma nova formação, não apenas de alunos, mas de instrutores que farão a replicação de conhecimento, a gente entende que a PPPR junto com a Espen está avançando”, enfatiza Maurício Ferracini.

O IV Curso de Formação de Equipes de Imobilização Tática foi coordenado pelo policial penal do Estado de São Paulo, Marco Antônio Dib, que colocou o Paraná como uma das referências de âmbito nacional na formação de policiais penais aptos a serem formadores. “A PPPR possui uma excelente estrutura para atender estas demandas de doutrina e este curso representa uma mudança de mentalidade dentro da Polícia Penal. Nós tivemos cinco formados entre os 137 inscritos e 11 aptos a participarem deste processo, pois este é o maior curso de etapa específica do país. O curso, com elevado grau de dificuldade, tem foco em formar formadores para darem segmentos a uma doutrina. Foram 14 disciplinas, incluindo legislação aplicada, combate a incêndio, metodologia de ensino, planejamento, propostas pedagógicas, vários tipos de luta, tudo que é necessário para formar um instrutor é colocado neste curso”, afirma Dib.

Durante a formatura foram entregues certificados de conclusão de curso e um brevê que identifica estes policiais com o devido conhecimento e capacitação conquistados nesta jornada. O policial penal do estado do Rio Grande do Norte, Diego Samuel Timóteo da Câmara, foi escolhido e homenageado como o aluno destaque da turma. Ele vibrou com o reconhecimento, mas dividiu a homenagem com os outros quatro alunos que também alcançaram a conclusão.

“A homenagem é para todos, cada um conseguiu se destacar em alguma matéria. Fico feliz por ter sido escolhido pelo grupo e também pela coordenação do curso como o destaque da turma. Foi gratificante e bastante especial”, afirma Diego.

O potiguar elogiou a estrutura da Polícia Penal do Paraná e se sente apto a transmitir conceitos, técnicas e habilidades nas unidades penais de seu estado. “Levo uma excelente experiência aqui neste curso. Me sinto muito mais preparado em todas as disciplinas, principalmente no combate a incêndio, conhecimento no qual nunca tive instrução neste nível. A estrutura da Polícia Penal do Paraná é excelente e espero voltar em outra oportunidade. Gostaria de um dia receber os policiais penais do Paraná no Rio Grande do Norte e poder retribuir esta receptividade e ajuda que tive aqui”, finaliza.