A Polícia Penal do Paraná )PPPR), participou de uma a sessão solene na Assembléia Legislativa do Estado, nesta segunda-feira (13). O evento foi proposto pelos deputados Ademar Traiano (PSD), Alexandre Curi (PSD), Tito Barichello (União) e Flávia Francischini (União), em alusão ao Dia do Policial Penal paranaense, dia 13 de novembro.

A data está prevista no Calendário Oficial de Eventos do Estado do Paraná por meio da Lei estadual nº21.189/2022, em atenção aos profissionais responsáveis pela gestão do sistema prisional e garantia da ressocialização de pessoas privadas de liberdade. Foi escolhida porque marca o dia de uma rebelião que ocorreu na Penitenciária Estadual do Estado (PCE) no ano de 1989, para homenagear o então agente penitenciário Adalberto Gomes da Silva que foi feito de refém e morto. Anteriormente, a data celebrava o Dia do Agente Penitenciário, porém foi atualizada para acompanhar a nova nomenclatura do servidor, que compõe agora uma das forças de segurança do Estado, através da Emenda Constitucional nº50 de 25 de outubro de 2021, que institui a Polícia Penal do Paraná (PPPR).

A deputada Flávia Francischini (União), proponente da sessão solene, ressaltou a importância da Polícia Penal na constituição da segurança pública do Paraná: “Quando pensamos em realizar esse evento hoje, não foi só para homenagear a categoria, mas também para relembrar a importância que ela possui para a segurança pública. Esse é um tema que sempre esteve presente na minha família e nós aprendemos a considerar e respeitar as pessoas que cuidam das nossas vidas e da nossa segurança. São pessoas que muitas vezes deixam as suas famílias para cuidar das nossas, então é muito honroso para nós podermos estar aqui fazendo essa homenagem a todos os policiais penais do estado. 

Vocês são heróis que não merecem só o nosso reconhecimento, mas a certeza de que o trabalho é sim valorizado e apoiado por todos nós. E se não for por todos, faremos de tudo para que enxerguem vocês assim como enxergamos. Comprometo-me aqui na Assembleia Legislativa em prol de toda a Polícia Penal do Paraná, contem comigo para buscar políticas e recursos que valorizem toda a classe, oferecendo condições de trabalho dignas, capacitação e reconhecimento”.

O deputado Tito Barrichello (União), também proponente da sessão solene, relembrou que o mundo jurídico há três décadas anunciava um discurso de que investia-se em saúde, educação e segurança, mas não em penitenciária e cadeia: “O resultado de tudo isso nós já sabemos, foi a carência de um sistema penitenciário, sem controle dos custodiados pelo Estado e superlotação e em unidades prisionais. Muitas vezes, as pessoas parabenizam as forças policiais que tiram o criminoso da rua, como se ali fosse o fim em si mesmo, quando na realidade o problema se inicia. Esse criminoso, mais cedo ou mais tarde, retornará à sociedade, e esse problema só não vai ser maior quanto tivermos uma Polícia Penal bem remunerada, organizada e estruturada. Não é através de uma omissão do estado que vamos causar às organizações criminosas, na verdade é ao contrário. Precisamos de um reconhecimento das autoridades públicas em relação à necessidade de investimento no sistema prisional, porque sem isso não existe a ressocialização”.

“A Polícia Penal foi reestruturada no governo Ratinho Júnior, que melhorou em muito as condições de trabalho dos nossos Policiais Penais aqui no Paraná. Mas precisamos melhorar ainda mais. Nós vamos aproveitar esta audiência pública mais para ouvir, do que falar, porque nós queremos escutar a Polícia Penal, compreender os seus problemas, compreender as suas necessidades. Eu vou expor alguns dados em relação à saúde pública que são alarmantes, que afligem o nosso Policial Penal, por isso a importância desta reunião de hoje”, completou o deputado Barichello.

O corregedor-geral da PPPR, Deivid Duarte, destaca que a Polícia Penal foi criada há pouco mais de dois anos, sendo uma força de segurança relativamente nova que ainda está encontrando as novas atribuições, com alguns desafios que ainda virão

“Gostaria de ressaltar o policial penal, que tem uma atuação invisível mas com efeitos práticos extremamente importantes para toda a sociedade. A atividade é realmente complexa, a ponto de que o policial tem que estar preparado para promover a ressocialização das pessoas encarceradas, e ao mesmo tempo, tem que cumprir essa função de isolamento do apenado de forma presencial e virtual com a comunidade. Quero os meus colegas de trabalho que exercem a atividade com a maior excelência, caminhando para ser a maior e melhor Polícia Penal do Brasil”, finaliza Duarte.

“Como policial penal sinto-me lisonjeada pela oportunidade de representar meus colegas nesse evento. Somos muitos, somos fortes, lutamos incansavelmente por um ideal, a segurança prisional. Missão árdua, mas cumprida por servidores dispostos, capazes e orgulhosos de ser, de pertencer a essa honrosa Polícia Penal. A data de hoje é sem dúvidas a mais importante para a Polícia Penal do Paraná. O passado nos transporta a um dia triste, em que a data também marca o assassinato de um agente penitenciário. Mas o presente nos remete a grandes conquistas, inovações e vitórias, uma delas é esse reconhecimento através dessa homenagem”, evidencia a policial penal implantada no Setor de Operações Especiais da PPPR, Andressa Cordeiro Araujo.