A Polícia Científica do Paraná (PCP) recebeu jornalistas e estudantes de comunicação para um bate-papo em alusão ao Dia Nacional do Repórter (16). Os participantes tiveram a oportunidade de observar de perto a rotina de trabalho nas ciências forenses e conhecer por dentro a sede da instituição em Curitiba, onde fica o Instituto Médico-Legal (IML) e a divisão dos laboratórios de criminalística.

O diretor administrativo da PCP, André Ribeiro Langowiski, destacou que a Polícia Científica é uma instituição com trabalho discreto e silencioso. “É importante que o profissional que trabalha com notícias conheça bem o nosso trabalho para que a população possa ter uma melhor noção do que fazemos e de como conduzimos nosso cotidiano”, definiu.

A programação do evento incluiu uma palestra do diretor administrativo Langowiski sobre as áreas que compõem a Polícia Científica e também uma visita ao Museu de Ciências Forenses conduzida pelo curador Joel Camargo, que trabalha na instituição há mais de 40 anos e é responsável pela salvaguarda do acervo. 

Depois de poder observar de perto as peças do Museu, os participantes foram conduzidos através da sala de necropsia e dos laboratórios de toxicologia, genética molecular, química, patologia, antropologia e odontologia forense.

Para a repórter de rádio e portal de notícias, Carol Nery, o evento “Polícia Científica para Repórteres” reforçou a importância de ter o entendimento correto da atribuição do IML e da Polícia Científica para entregar uma informação correta para o público. “Somos uma ponte entre esses órgãos e a população e é super importante ter o esclarecimento que tivemos aqui, para não levarmos um desserviço”, disse.

O objetivo da Polícia Científica ao abrir as portas para repórteres e estudantes da área é o de desmistificar o trabalho dos peritos e cientistas que trabalham na instituição, além de especificar para pessoas leigas quais são as competências da PCP dentro da área da segurança pública.

O aluno do último ano de Jornalismo, Higor Paulino, foi atraído ao evento porque considera que o tema da criminalística é muito recorrente na mídia. “É interessante nos especializarmos para falar do assunto e conhecer a Polícia Científica do Paraná como instituição, o Instituto médico Legal e o museu que é mantido aqui. São lugares que eu já queria conhecer e agora surgiu a oportunidade”, contou.

MUSEU - O Museu Paranaense de Ciências Forenses foi criado em 1970 e registra hoje cerca mil visitantes por mês. “Existe até uma curiosidade mórbida nisso, mas é muito interessante, bem catalogado, tem muitos equipamentos de várias décadas que ajudam a saber como essa análise foi feita ao longo dos anos na Polícia Científica paranaense”, detalhou Higor sobre o espaço.

O museu ocupa uma das salas do prédio do Instituto Médico-Legal em Curitiba, na Rua Paulo Turkiewicz, 150, no bairro Tarumã. As visitas ocorrem somente com agendamento prévio na modalidade guiada. Elas são gratuitas e restritas a grupos de estudantes da área da saúde. Apesar disso, na última segunda-feira de cada mês, das 9h às 16h, o espaço é aberto para o público geral e não há necessidade de agendamento.