Estratégias de segurança na fronteira são discutidas durante reunião do GGIFron em Foz do Iguaçu 02/10/2020 - 19:40

Gestores de segurança pública da região de fronteira, de gestão e do Ministério da Justiça e Segurança Pública se reuniram nesta sexta-feira (02/10) em Foz do Iguaçu, para discutir estratégias para ações de combate ao narcotráfico na região. Coordenado pela Secretaria da Segurança Pública do Paraná, o encontro promoveu a avaliação das ações conjuntas e dos resultados obtidos com operações e atividades preventivas feitas pelas instituições que compõem o Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Pública de Fronteira (GGIFron).
 

O secretário da Segurança Pública do Paraná, coronel Romulo Marinho Soares, abriu os trabalhos e fez um panorama geral das ações em segurança pública. “A Secretaria está trabalhando arduamente para fortalecer a integração na nossa fronteira, com equipamentos, obras, tecnologias e recursos humanos.  Hoje, para qualquer ação que a Secretaria da Segurança Pública faz, chamamos os gestores das instituições vinculadas, projetamos o tema e discutimos. Depois do planejamento, informamos o Governo do Estado e partimos para a ação. Tudo integrado”, ressaltou o secretário.

O esforço da Pasta em angariar recursos transformou o Paraná num verdadeiro canteiro de obras com a construção de novas delegacias de Polícia Civil, unidades da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros e de cadeias públicas para o Departamento Penitenciário, além de investimentos de pessoal e estrutura para a Polícia Científica. “Temos dezenas obras em andamento em todo o estado. O investimento é de mais de R$200 milhões, além de R$150 milhões em convênios”, destacou o coronel Marinho.

O Coordenador operacional da reunião e Comandante do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), major André Cristiano Dorecki, demonstrou aos participantes as atividades integradas com as forças de segurança pública na fronteira, as operações em andamento e sobre o colegiado criado com o GGIFron.

“A pauta de segurança pública é constante com a participação das instituições estaduais, federais e municipais. A pauta hoje realmente é uma retomada formal desse trabalho, prejudicada por conta da pandemia. Hoje, pudemos divulgar o trabalho que o estado do Paraná está fazendo na área de segurança pública, e também receber informações do que o Governo Federal pode contribuir à esta parceria com o nosso Estado”, explicou.

O Comandante-Geral da Polícia Militar, coronel Péricles de Matos, destacou que o policiamento na região é constante e que a estratégia é atuar no ar, na terra e nos rios e lagos contra o crime organizado. “Temos um compromisso de mantermos o policiamento ostensivo nas cidades lindeiras do Lago de Itaipu, nas cidades lindeiras. As nossas ações são locais, mas o resultado delas extrapolam o nosso estado, afetam o resultado das ações anticrimes em outros estados e refletem na Europa e nos Estados Unidos”, descreveu.

Os incêndios florestais, buscas aquáticas e outras situações envolvendo outras forças de segurança demandam o Corpo de Bombeiros da região. “Estamos numa região fronteiriça e as nossas ocorrências também acabam não respeitando fronteiras. Temos que estar integrados para agir de forma conjunta no momento certo, em cooperação com nossos colegas”, destacou o Comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Samuel Prestes.

Graças à integração entre as forças, a Polícia Judiciária avançou com investigações e diligências contra os crimes de fronteira. “O GGI surgiu para otimizar a atuação colegiada que já era costume na região da fronteira, de modo que os índices são positivos e só tendem a aumentar. A questão pessoal do olho no olho, de expressão de sentimento, como colocou o secretário Marinho, é fundamental”, disse o delegado da Delegacia de Polícia de Foz do Iguaçu, Rogério Antônio Lopes, que representou o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Rockembach.

GOVERNO FEDERAL - Representando a comitiva do Governo Federal, o tenente-coronel Vitor Hugo Tunala apresentou a metodologia do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, ações na costa marítima e nas vias fluviais de fronteira. Falou ainda sobre a reunião ordinária do Comitê Executivo do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (CEPPIF), capacitações e treinamentos específicos e dos grupos de trabalho sobre a Política Nacional de Fronteira.

Depois, falou aos gerentes de segurança pública o representante do Ministério da Justiça e Segurança Pública na Coordenação Geral de Fronteiras, José Camilo da Silva. Ele explanou sobre a criação e estrutura da secretaria, os projetos sustentáveis, e destacou o planejamento feito no Paraná, que culmina rotineiramente em grandes quantidades de drogas e produtos contrabandeados apreendidos.

“O Paraná é um dos exemplos mais práticos de cooperação com o Ministério da Justiça quando o assunto é fronteira e até divisa. Desde 2011, o estado participa de uma integração muito forte entre os órgãos, e a receptividade do estado à nossa iniciativa foi muito positiva porque a percebemos que o Paraná trabalha a questão da participação social, de entender qual é o papel da sociedade no contexto da segurança pública”, ressaltou.

O QUE É O GGIFRON – Criado em 2011, o GGIFron encabeça um colegiado das instituições municipais, estaduais e federais da área surgiu para que as ações repressivas e preventivas ao crime organizado tivessem maior impacto nas organizações criminosas, consequentemente diminuindo a incidência de crimes na região. A Operação Hórus, da Secretaria de Operações Integradas, e a operação Ágata, em conjunto com o Exército Brasileiro, estão em andamento na faixa de fronteira e causado apreensões de armas e drogas em rodovias, terminais rodoviários, matas e no rio Paraná e Lago Itaipu.

Segundo a Secretaria de Operações Integradas (SEOPI) do Ministério da Justiça, de maio de 2019 até outubro deste ano, os trabalhos do Programa VIGIA pelas operações Hórus, 87.725.346 maços de cigarros, 608.026.85 quilos de drogas, 320 embarcações e 3.126 veículos foram apreendidos. Segundo a SEOPI, as ações das forças integradas resultaram em R$ 2.215.800 de prejuízo ao crime organizado.

PRESENÇAS – Também estiveram presentes o Chefe de Segurança da Itaipu Binacional, coronel Alfredo Santos Taranto; representando o Comandante do 34° Batalhão de Infantaria Mecanizado, coronel Jesus; o Comandante-Geral da PM, coronel Péricles de Matos; o Comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Samuel Prestes; o diretor do Departamento Penitenciário do Paraná, Francisco Caricati e o Diretor da Polícia Científica, dr. Luiz Rodrigo Grochocki.

Também participaram o Assessor Militar da Secretaria de Segurança Pública, coronel Erich Wagner Osternack; o representando o Comandante do 5° Comando Regional de Polícia Militar, tenente-coronel Teixeira; o Comandante da Capitania dos Portos do Rio Paraná, Capitão de Fragata Carlos Eduardo Felipe de Freitas Silva; o Comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Marcos Kamakawa; representando o Chefe da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal de Foz do Iguaçu; o Delegado Chefe da Alfândega de Foz do Iguaçu, Paulo Cesar Bini; e o Secretário de Defesa Social/Guarda Municipal de Foz do Iguaçu, Reginaldo José da Silva, entre outros.

 

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