Em alusão ao Setembro Verde, doação de órgãos é tema de palestra em unidades prisionais de Maringá 27/09/2023 - 10:53

A Polícia Penal do Paraná (PPPR), em parceria com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) da 15ª Regional de Saúde de Maringá, ministrou palestras sobre a doação de órgãos para servidores das unidades prisionais do município. A ação de sensibilização sobre a doação de órgãos foi feita em referência ao Setembro Verde, mês dedicado à conscientização e ao incentivo à doação de órgãos.

“A orientação técnica e solidária é sempre muito bem-vinda, principalmente quando chega até as instituições do nosso Estado. Consideramos que a participação dos nossos servidores em orientações tão importantes para a população é sempre um ganho em termos profissionais e de humanidade”, ressalta o diretor-adjunto da PPPR, Maurício Ferracini. 

O coordenador regional da PPPR de Maringá, Júlio César Vicente Franco, explica que a Polícia Penal foi procurada pela OPO para falar sobre o tema. “A OPO esteve em todas as unidades de Maringá e falou com praticamente todos os policiais penais e servidores. Esperamos assim contribuir para salvar vidas. Esse é o intuito da Polícia Penal do Paraná e das forças de Segurança e da Saúde, trabalhar sempre pelo bem-estar do próximo”, destaca.

Para a enfermeira da Colônia Penal Industrial de Maringá (CPIM), Janaína de Souza Marcolino, a ação realizada na regional serve para disseminar informações sobre o tema e conscientizar os servidores sobre a importância de verbalizar aos familiares a vontade de ser doador de órgãos, já que no país a família sempre tem que dar o consentimento do ato.

A enfermeira Greicy Cezar do Amaral, da OPO Maringá, visitou as unidades prisionais em diferentes horários neste mês para falar sobre o tema a todos os servidores. O objetivo, segundo ela, é incentivar a população sobre a importância da doação de órgãos e salientar que os profissionais da saúde, que lidam com essa situação delicada para as famílias, são agentes importantes da conscientização.

“Das mortes notificadas diariamente, em 67% dos casos há entrevista familiar para doação de órgãos, pois 25% têm contraindicação médica devido à patologia ou comorbidade e 8% possuem outras causas de inviabilidade para doação de órgãos. Dos casos entrevistados em  29% há recusa familiar ”, explica Amaral.

Para a efetiva doação de órgãos, é preciso que o paciente tenha morte encefálica confirmada, que é um diagnóstico de notificação obrigatória aos hospitais. A Central Estadual de Transplantes é notificada e por meio de uma entrevista a família é informada sobre o processo, sendo solicitado o consentimento para a doação de órgãos. Toda doação é feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

De acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná, entre janeiro e julho de 2023 foram registrados 285 doadores no Estado, o maior número de doações de órgãos para transplantes por milhão de habitantes do país. “O Paraná possui o menor índice de recusa familiar no país, cerca de 29%, devido à capacitação, o preparo e à transparência dos profissionais de saúde envolvidos, assim como ao empenho em mobilizar a sociedade”, ressalta Amaral.

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