O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) celebrou 111 anos de história com o “Café com Veteranos” realizado nesta terça-feira (17), no quartel do Comando-Geral, em Curitiba. O encontro reuniu aproximadamente 50 veteranos que, em meio a rodas de conversa e histórias compartilhadas, comemoraram a ocasião especial.

O comandante-geral do CBMPR, coronel Manoel Vasco de Figueiredo Junior, expressou sua satisfação ao receber os veteranos, destacando o orgulho de ter trabalhado junto com eles ao longo da história da corporação. Durante a recepção, ele enfatizou o entusiasmo do grupo ao relembrarem de suas experiências. “Eles vêm com muita alegria relembrar tudo aquilo que fizeram de atendimentos para a população. E o mais importante de tudo é essa oportunidade de tê-los aqui dentro do Corpo de Bombeiros e saber que aqui realmente sempre foi e sempre será a casa de cada um deles”, disse.

“Eu pedi que os protocolos fossem todos quebrados, porque hoje não é dia disso. Já tiveram essa rotina protocolar por 35 anos. Hoje eu quero que todos se sintam em casa. O CBMPR é dos senhores”, complementou o coronel Vasco, que também destacou a autonomia conquistada pelo CBMPR em relação à Polícia Militar no último ano.

Após a reunião no auditório, o grupo se dirigiu ao pátio do quartel, onde posaram para uma foto oficial em meio às viaturas e ferramentas de trabalho. Para o 1° sargento Lauro Fidelis, de 81 anos, foi um momento para recordar os tempos de ativa. “Passei por tanta coisa, são muitas situações marcantes. Todo dia tinha algo acontecendo. É uma profissão agitada, com novidades o tempo todo e os dias nunca eram iguais”, relatou.

O coronel Miguel Arcanjo Capriotti, um dos veteranos mais experientes e defensor da emancipação do CBMPR, também esteve presente na comemoração. Ele, que chegou a ser comandante da Polícia Militar, entre 1991 e 1994, não esconde o orgulho de ser bombeiro em cada palavra.  Hoje, com 81 anos, o coronel faz questão de lembrar que formou a primeira turma de guarda-vidas, como instrutor de Educação Física, além de ter dado aulas na Academia do Guatupê e de ter criado o Siate.“É uma alegria imensa rever a todos. Muitos foram alunos meus. Me sinto muito em casa revendo essa ‘velharada’ aí. Importante essa confraternização, ver que os que estão aqui estão com saúde e saber que os que estão com algum problema físico estão sendo auxiliados pelo Corpo de Bombeiro”, disse.

O cabo Victor Hugo Gonçalves Rodrigues, de 57 anos, que entrou para a reserva após 7 anos de serviço, descreveu a emoção em reencontrar amigos e colegas e destacou a gratificação por ter contribuído na história de uma instituição reconhecida pela população . “Não tem explicação. É emocionante, uma coisa maravilhosa, porque construímos essa história juntos, com muita parceria”, contou. 

O tenente-coronel, Fábio Félix Pedroso, um dos responsáveis pela estreita relação do CBMPR com seus antigos integrantes, enfatizou a importância desses encontros. “O que a gente percebe é que esse evento se tornou mais forte. Há mais gente presente e há uma união maior entre as praças e os oficiais da reserva. Pretendemos continuar promovendo essas ações, para trazer também aqueles que ainda não vieram, porque inclusive é uma questão de saúde mental e física”, afirmou.