Orientação dos guarda-vidas e conscientização do cidadão fazem diminuir número de salvamentos no litoral na primeira quinzena do verão 04/01/2021 - 15:00

Nos primeiros 15 dias do Verão Consciente 2020/2021, o Corpo de Bombeiros registrou queda na necessidade de salvamento no mar no litoral do estado. No período foram 296 casos enquanto no mesmo período da temporada anterior foram 421, uma redução de 30%. No entanto, os guarda-vidas evitaram dezenas de incidentes ao fazerem mais de 27,5 mil orientações e advertências aos cidadãos que estiveram nas areias para tomar banho de mar, uma redução de -29% e -34% respectivamente. No total, contando estas e outras ações, foram mais de 29,7 mil atendimentos nas praias do litoral.

Neste período foram registrados quatro óbitos em meio líquido e, do total dos salvamentos, a maioria das vítimas saiu da água ilesa (258), outras 29 com afogamento leve, seis com moderado e três com grau grave de afogamento. “Os números são baixos, sinal de que a população está colaborando, os nossos guarda-vidas estão atentos e dedicados, estão trabalhando muito bem, mas, principalmente, a população está colaborando, atendendo as orientações e procurando se banhar em áreas mais seguras”, avalia o Comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Samuel Prestes.

Com o objetivo de alertar, proteger e orientar o cidadão que mora no litoral ou está passando as férias ou períodos festivos na região, o Corpo de Bombeiros registrou 9.138 advertências nestes 15 dias, contra 13.692 no mesmo período da temporada anterior. As orientações, que foram bastantes, ainda são menores que no período do verão anterior: caíram de 25.944 para 18.380. Os guarda-vidas também deram atendimentos e orientação em 292 casos de envenenamento por águas-vivas, uma redução de -87% se comparado com o mesmo período do verão anterior, quando foram 2.175.

A instituição atribui as diminuições ao menor número de pessoas no litoral nesta temporada e também à conscientização das pessoas de modo geral, conforme explica o Comandante do 8º Grupamento de Bombeiros, localizado no litoral, tenente-coronel Jonas Emmanuel Benghi Pinto. “As duas coisas, a conscientização, que vemos que aumentou, aliada ao trabalho árduo de nossos guarda-vidas, reflete nos números, além da diminuição das pessoas nas praias em relação aos anos anteriores”, relata.

O Oficial lembra ainda que as mortes ocorridas mostram o quanto as pessoas precisam ter cuidado e procurar locais seguros para banho. “Os óbitos são pontuais e demonstram que as pessoas não estavam em locais seguros, pois um deles ocorreu depois do horário de fechamento do posto guarda-vidas, já a noite, e os outros três em locais fora das áreas protegidas pelos guarda-vidas, ou seja, onde não havia bandeiras vermelho com amarelo, as quais indicam área livre para banho”, explica o tenente-coronel Emmanuel.

O trabalho preventivo dos bombeiros vai além de orientações e salvamentos, ocorre também por meio da entrega de pulseirinhas às crianças. Somente nestes 15 dias foram 1.823 pulseirinhas, contra 7.588 no mesmo período do ano anterior. “Esta é uma importante ferramenta para os pais ou responsáveis encontrarem seus filhos caso eles se percam, por isso, mesmo com menos pessoas no litoral, continuamos com a ação preventiva”, conta o tenente-coronel. Neste sentido, 129 crianças perdidas foram localizadas, enquanto no ano passado 371 crianças foram localizadas pelos guarda-vidas.

VERÃO CONSCIENTE - A região litorânea do Paraná ganhou reforço nas ações do Corpo de Bombeiros principalmente no tocante à segurança dos banhistas no mar para os feriados. Para a prevenção, o Corpo de Bombeiros atua nas praias com um efetivo de 782 bombeiros militares e 195 guarda-vidas civis fixos, número este que pode ser versátil dependendo da movimentação das pessoas na Costa Leste. “Estamos atuando estrategicamente e focados no cidadão, no entanto, pedimos que cada um faça a sua parte procurando lugar seguro para nadar e respeitando, ainda, o distanciamento e uso de máscaras”, pede o oficial.  

Nos principais rios de Morretes também há patrulhamento com bombeiros que agem conforme a necessidade, bem como guarda-vidas em alguns pontos com maior número de pessoas e permitidos para banho. “Um perigo nestas áreas são as cabeças d’água que podem arrastar as pessoas e até causar morte, por isso pedimos muita atenção à aqueles que procuram estes locais”, pede.

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